“Não faço parte do ‘blocão’ nem vou participar de comissões”. A frase é do deputado Theodorico Ferraço (DEM), que surpreendeu o plenário da Assembleia Legislativa na primeira sessão ordinária da nova legislatura, nesta terça-feira (5), depois de se ausentar da sessão que reelegeu ao cargo o presidente da Casa, Erick Musso (PRB)”.
Com esse posicionamento, Ferraço marca o sentimento contrário à composição que contabilizou 28 votos em favor de Erick Musso, excluindo-o do processo, já que ele estava cotado para entrar na disputa pela Presidência da Casa. Com sua fala, Ferraço aponta, também, para o governador Renato Casagrande (PSB), que apoiou a reeleição em chapa única.
Ferraço foi um dos primeiros a aderir à candidatura de Renato Casagrande, formando com ele um bloco de lideranças em oposição ao então governador Paulo Hartung.
“Fui surpreendido ao ver meu nome na Comissão de Cidadania e gostaria educadamente, de pedir a retirada, já que não faço parte do ‘blocão”, disse o deputado, referindo-se ao grupo que reelegeu o atual presidente. “O DEM é um partido independente”, complementou,afirmando ainda que o partido possui o presidente da Câmara dos Deputados, três ministros e “este deputado”.
O deputado Marcelo Santos (PSD), coordenador da formação das Comissões Permanentes, explicou que a indicação do nome de Theodorico Ferraço obedece ao Regimento Interno da Assembleia, mas acatou a solicitação, retirando o nome de Ferraço.
Majeski
O deputado Sérgio Majeski (PSB), o único voto contrário à reeleição de Erick Musso, que foi preterido para a Presidência da Comissão de Educação, também ocupou a tribuna da Assembleia e fez uma reflexão sobre mentira e verdade.
Citando os filósofos Platão, Maquiavel e Immanuel Kant, o parlamentar afirmou que prefere ser “mal educado que ser fingido e mentiroso, e declarou, citando Kant: “Verdade deve ser dita em qualquer tempo e em qualquer ocasião”, criticando a dissimulação praticada por muitos políticos.
Majeski perdeu a Comissão de Educação para o deputado Vandinho Leite (PSDB), por meio de articulações desenvolvidas por membros do mesmo “blocão” citado por Ferraço, acompanhadas de perto pelo governo do Estado.
Fonte:Século Diário