Segundo um doutor em Antropologia e Sociologia, o bilhete mostra claramente que o trA?fico de drogas ocupou um espaA�o que o Estado deixou vago
A�”Proibido roubar. Se for roubado, reclama na boca”.A�Essa A� a mensagem impressa em um papel e colocada dentro da embalagem deA�uma bucha de maconha apreendida na regiA?o de Porto de Santana, em Cariacica.A�A droga teria saA�do do Morro do Quiabo. “Enquanto o Estado se torna incompetente em fazer sua obrigaA�A?o, os traficantes fazem a obrigaA�A?o do Estado”, desabafou um policial militar que enviou a imagem para o Gazeta Online.
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O PM a�� que preferiu nA?o ter o nome divulgado a�� acredita que os traficantes que atuam no EspA�rito SantoA�estA?o tomando como exemplo os criminosos do Rio de Janeiro, que fazem as leis dentro das comunidades onde atuam. “AA�lei sA?o eles. Eles determinam o que pode e o que nA?o pode”, disse.
Sobre a ousadia dos traficantes, o policial culpa a crise na seguranA�aA�capixaba. “A� um absurdo o que estA? acontecendo na seguranA�a pA?blica. Os A�ndices dos crimes estA?o descontrolados e hA?A�temor da populaA�A?o que no momento nA?o pode contar com a seguranA�a do Estado”,A�comentou.
NA?o existe vA?cuo de poder. Quando uma instituiA�A?o desocupa, outra vai e ocupa
Segundo o professor doutor em Antropologia e Sociologia, AndrA� Filipe Pereira Reid dos Santos, o bilhete mostra claramente que o trA?fico de drogas ocupou um espaA�o que o Estado deixou vago. “NA?o existe vA?cuo de poder. Quando uma instituiA�A?o desocupa, outra vai e ocupa. O Estado aparece na periferia, nA?o com serviA�o de saA?de pA?blica e educaA�A?o de qualidade. Ele, quando aparece, A� com violA?ncia policial. Essa A� uma reaA�A?o legA�tima da sociedade”,A�avalia.
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EleA�pondera que, na falta de uma estrutura organizada governamental, o trA?fico, que tambA�m A� organizado, toma conta e passa a fornecer o que o estado nA?o fornece. “A� esse lugar que o trA?fico ocupa, o local da confianA�a. O traficante A� o cara que cresceu dentro da comunidade, A� conhecido e respeitado. Ele garante a seguranA�a lA? dentro. Ele A� a ordem. LA?, a polA�cia nA?o A� a ordem, A� o medo”, afirma.
PM NEGA “ESTADO PARALELO”
Por meio de nota, a PolA�cia Militar informou que a aA�A?o dos criminosos queA�venderam a droga junto com o bilhete nA?o demonstra a existA?ncia de um “estado paralelo”. A PMA�afirmou, ainda, que conta com a populaA�A?o para agir em conjunto com as forA�as de seguranA�a.
Leia nota na A�ntegra:
A PolA�cia Militar informa que opiniA�es pessoais emitidas por policiais militares atravA�s das redes sociais ou qualquer outro canal nA?o oficial, nA?o expressam a opiniA?o da instituiA�A?o.
A PMES afirma que aA�A�es pontuais de criminosos nA?o podem ser confundidas com a existA?ncia de um Estado paralelo que se sobreponha A�s leis vigentes.
A populaA�A?o deve agir em conjunto com suas forA�as de seguranA�a, denunciando e acionando as polA�cias, que atravA�s das aA�A�es de polA�cia ostensiva, de inteligA?ncia ou de investigaA�A?o aplicarA?o a lei.
Qualquer tentativa contrA?ria receberA? a resposta proporcional que a situaA�A?o merecer.
Fonte G1