Cientistas brasileiros formaram um grupo para acompanhar os casos de varíola dos macacos, que têm inúmeros infectados por diversos países nos últimos dias. O maior número de casos é visto fora da África , sugere uma cadeia de transmissão atípica e deixa os cientistas em alerta.
A Câmara Técnica Temporária é coordenada pela RedeVírus do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) e os sete cientistas montarão um plano para estruturar a rede de saúde para quando os casos surgirem no Brasil.
“Temos condições de detectar esse vírus. Por enquanto, não temos motivo para pânico”, diz a virologista Giliane Trindade, que faz parte do grupo.
De acordo com documento compartilhado pelos países, havia 143 de casos notificados, entre suspeitos e confirmados até a noite de sexta-feira (20). Ainda na sexta, um brasileiro foi identificado como primeiro caso da doença na Alemanha.
A maior parte dos casos se concentra em Portugal, Espanha e Reino Unido. Entretanto, países fora do continente europeu já têm casos registrados.
O vírus
A família Poxviridae (poxvírus) compreende vírus que infectam animais invertebrados e vertebrados, sendo o mais notório membro é o do vírus da varíola.
“Dentro da família de vários gêneros, esses vírus se destacam pela sua capacidade de infectar o ser humano e outros animais, assumindo uma importância para a medicina humana e veterinária”, diz Andrade.